Bairros de Erechim há mais de 24 horas sem água

Problemas no abastecimento de água geraram revolta, com diversas manifestações de moradores nas redes sociais. Enquanto a Corsan atribui a falta de água a falhas no sistema de energia, a Prefeitura de Erechim acusa a concessionária de falhas técnicas e falta de responsabilidade no serviço prestado.

© Pedro França/Agência Senado

O fim de semana foi crítico em Erechim no que diz respeito ao abastecimento de água. Alguns bairros chegaram a ficar mais de 24 horas sem fornecimento, problema que inicialmente foi atribuído à falta de energia elétrica causada por uma obra da Prefeitura. A situação gerou indignação de moradores nas redes sociais e cobranças públicas. Além da falta de água, diversos relataram água suja saindo das torneiras.

A Corsan, concessionária responsável pelo fornecimento de água, divulgou uma série de comunicados ao longo do sábado e do domingo. Segundo a Companhia, a falta de energia comprometeu o funcionamento das estações de tratamento e causou a queima de um transformador, o que agravou a situação. Caminhões-pipa foram utilizados para atender pontos mais críticos, mas muitos bairros permaneceram com oscilações ou sem água até a noite de domingo.

A Prefeitura de Erechim também se manifestou oficialmente, criticando a atuação da Corsan. Em nota divulgada no domingo, o município expressou "profunda insatisfação" e afirmou que a RGE, concessionária de energia, negou que o problema tivesse sido causado por falta de energia, apontando falhas técnicas da Corsan como a principal causa da crise. A administração municipal também informou que está tomando medidas administrativas e jurídicas contra a empresa.

Em paralelo, vereadores de Erechim, que integram um grupo de WhatsApp junto à Corsan desde a realização de uma audiência pública, também cobraram providências. A última atualização enviada pela Companhia, na noite deste domingo, indicava que ainda havia oscilações em bairros mais altos, com previsão de normalização completa apenas por volta das 23h30. Por: Najaska Martins