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Atualização da NR1: Como as empresas devem se preparar para os desafios da saúde psicossocial

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    Najaska - Jornalismo
  • há 3 dias
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Taciana Ribas, fonoaudióloga e empresária do ramo da saúde ocupacional
Taciana Ribas, fonoaudióloga e empresária do ramo da saúde ocupacional

Medida entra em vigor em maio deste ano. Empresária do ramo da saúde ocupacional, a fonoaudióloga Taciana Ribas explica mais sobre a norma e fala dos desafios para sua implementação



A atualização da Norma Regulamentadora nº1 (NR1), que entrará em vigor oficialmente no dia 26 de maio deste ano, traz uma mudança importante no cenário da saúde ocupacional no Brasil: a inclusão da avaliação do risco psicossocial. Esse risco já era abordado pela NR17, que trata da ergonomia, mas a nova norma o coloca em evidência de forma mais detalhada, exigindo que as empresas se adequem a essa nova realidade.


Taciana Ribas, fonoaudióloga e empresária no ramo da saúde ocupacional, destacou que a NR1 exige uma abordagem mais holística, que vai além dos riscos físicos tradicionais, como o ruído e a exposição a substâncias. “Agora, as empresas precisam olhar com mais atenção para o ambiente emocional e psicológico do trabalhador. Questões como a pressão por metas excessivas, jornadas extensas, assédio moral e a sobrecarga de trabalho são consideradas riscos psicossociais, que afetam diretamente a saúde mental do colaborador”, afirmou.


Segundo Taciana, o maior desafio para as empresas será implementar ações práticas para monitorar e controlar esses riscos. Embora o risco psicossocial já tenha sido reconhecido de forma mais abstrata nas normas anteriores, a NR1 exige uma ação mais efetiva, com o levantamento de dados detalhados sobre a saúde mental do trabalhador. “É necessário um trabalho multidisciplinar para realizar essas avaliações, envolvendo ergonomistas, engenheiros, psicólogos e equipes de recursos humanos. A prática, no entanto, continua sendo o maior desafio, pois muitas empresas ainda lidam com a questão da saúde mental de maneira superficial”, disse.


Além disso, Taciana destacou que a mudança também representa um importante avanço para a saúde do trabalhador, pois amplia a visão sobre a saúde ocupacional. “Antes, a preocupação estava voltada apenas aos aspectos físicos do trabalho, mas agora a saúde mental do colaborador também é parte integrante desse cuidado. A inclusão do risco psicossocial é uma forma de garantir que os trabalhadores não só estejam protegidos de lesões físicas, mas também de condições que podem prejudicar seu bem-estar emocional”, afirmou.


A medida já passa a valer neste ano, sendo que as empresas terão um ano para se adequar, prazo que Taciana destaca ser importante, porém que não adia em nada a obrigação do cumprimento da norma, pois é preciso mais do que simplesmente reconhecer os riscos. “É necessário que as empresas implementem ações de melhoria contínua, criando ambientes de trabalho mais saudáveis e equilibrados, que promovam o bem-estar dos seus colaboradores”, completa.

 
 
 

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